Wednesday, April 28, 2004

Sónia por acaso

Digo-te adeus num piscar de olhos.
Levo-te em números. Da porta, de telefone. E também da rua, é assim em Espinho.
Voltamos para os nossos, mas levamo-nos um no outro, num silêncio exclusivo dos dois.

Para mim chamaste Sónia há precisamente 7 horas e 30 minutos. Nasceste-me na sala de embarque do José Marti, arrabaldes de Havana. Morena e olhos escuros como eu.

Ao fundo a Verónica não é mortalmente bonita como dantes. Quer-me parecer que não voltará a ser.
Vejo-te em direcção aos braços do Raúl, pode ser uma das últimas vezes assim.

E seguimos os quatro, longe de sermos dois pares. Antes um. Trocado. Não por muito tempo. Já tinha saudades do norte do Porto.

António

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