Prisões
Sentado. O sofá, novo como esta vida nova que começa, endireita-me o olhar.
O mar está a dormir.
Os segredos do ontem, contados na outra praia, conseguem flutuar. Venceram a corrente. Vieram de lá até aqui, como eu. Ainda são eu, os segredos do ontem.
Hás-de levá-los. Aguardas apenas uma ordem. Não dita. Tu sabes.
A Verónica ainda dorme. Não tenho muita vontade de olhar para ela.
António
Sunday, March 28, 2004
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